Detento pode ter sido morto por ser X9

O delegado regional de policia civil Jair Paiva se pronunciou no final da tarde de ontem (7), sobre a morte de um detento nas primeiras horas do dia, em uma das celas da CCPJ – Casa de Custódia de Presos da Justiça em Caxias. Por conta das investigações que se iniciou logo após o achado do corpo na carceragem, algumas informações precisavam ser checadas minuciosamente, para só então, serem repassadas à imprensa.
Uma das revelações no caso, é que o detento morto identificado por Manoel Gomes Vieira, 33 anos, no mundo do crime é conhecido por David Doidão, o mesmo que havia sido preso na madrugada de domingo (3), após fazer os próprios familiares reféns no bairro Cabana da Serra.
De acordo as investigações, David Doidão teria participado de uma tentativa de assalto no bairro Três Corações, fato ocorrido em março deste ano. Naquela oportunidade, outros envolvidos no crime acabaram presos e David conseguiu fuga.
No entanto o que levou Doidão à prisão foi a ocorrência de domingo, quando ele aparentemente drogado e com um rifle calibre 20 em punho, ameaçava a própria família. A policia militar foi acionada, mas, naquela ocasião, o acusado exigia a presença de um delegado para negociar.
Com ajuda de um policial civil, que se fez passar por delegado, Doidão se entregou. No local, foram apreendidos alguns papelotes de maconha e ele encaminhado à DEPOL e conseqüentemente para a CCPJ.
Suicídio ou Homicídio?
De acordo com o delegado Jair Paiva, a polícia foi acionada para atender um caso de suicídio dentro da CCPJ, mas ao chegarem na carceragem onde estava o detento morto, os investigadores logo perceberam que a cena do crime teria sido preparada pelos outros presos para que ficasse evidenciado que David teria tirado a própria vida, mas, na verdade se tratava de um homicídio.
Jair Paiva acredita que Doidão teria sido morto numa espécie de delação, pois um dos companheiros de cela teria participado também da tentativa de assalto nos Três Corações, e supostamente imaginou que ele seria o responsável pela prisão dos outros envolvidos, que no mundo do crime é conhecido por X9.
Para realização de uma necropsia na conclusão do laudo cadavérico, o corpo de David Doidão foi levado por uma equipe do IML para Timon, já que desde início de abril, o Governo do Estado por meio da Superintendência de Policia Civil do Interior desativou a equipe de pericia criminal e legista em funcionava em Caxias.
A morte do detento, que a princípio teria como causa esganamento, está agora sob a investigação da Divisão de Homicídios, que tem à frente o delegado Dr. Veloso e também contará com o auxilio do delegado titular do 3º DP, Leonam Casimiro.

Fonte: Direto da redação do NOCA/Mano Santos

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