Waldir Maranhão recorre a Flávio Dino, aliado de Dilma Rousseff

Em São Luís durante este fim de semana, o presidente interino da Câmara dos Deputados buscou apoio político do governador do Maranhão

Waldir Maranhão recebeu em abril uma homenagem de Flávio Dino por ter votado contra o impeachmentWaldir Maranhão recebeu em abril uma homenagem de Flávio Dino por ter votado contra o impeachment (Foto: Biaman Prado)

SÃO LUÍS – Após do afastamento do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Waldir Maranhão (PP) assumiu interinamente a presidência da Câmara e, agora, precisa de apoio político para permanecer no cargo. Em São Luís neste fim de semana, o atual presidente da Casa buscou ajuda do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), aliado da presidente Dilma Rousseff (PT).
Ontem Maranhão retornou a Brasília no jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB), que faz o deslocamento de autoridades federais. Ele voltou para o Distrito Federal acompanhado do comunista. A assessoria do deputado não informou quais outras políticos ele teria procurado durante o fim de semana.
Parlamentares próximos a Cunha estão elaborando estratégias para tirar do cargo o sucessor e desse modo eleger um deputado alinhado ao peemedebista na presidência da Câmara. A saída de Maranhão também seria de interesse de Michel Temer, em um eventual governo após o afastamento de Dilma.
Posicionamento
Maranhão votou contra o impeachment no dia 17 de abril, quando o plenário da Câmara decidiu dar prosseguimento ao processo contra a petista. O posicionamento custou a presidência do Diretório Estadual do Partido Progressista. Ele acabou sendo destituído por ato do presidente nacional, deputado Ciro Nogueira (PP-PI)
A orientação dos progressistas era para que a bancada votasse a favor do impedimento, mas Maranhão foi convencido a desobedece-la após uma conversar em Brasília com o ex-presidente Lula, dias antes da votação em plenário.
Atualmente, o PP está sendo comandado no Maranhão pelo deputado federal André Fufuca. Ele foi conduzido à presidência de uma comissão provisória com vigência até 13 de outubro deste ano em virtude da destituição do colega parlamentar.
Denúncias
Waldir Maranhão é alvo de dois inquéritos no STF, ambos por suposta prática de crimes de ocultação de bens e desvio de recursos de fundos de pensão, que teria movimentado R$ 300 milhões em um ano e meio.
Ele também é investigado por lavagem de dinheiro e recebimento de propina – repasses mensais de R$ 30 mil e R$ 150 mil – do doleiro Alberto Youssef, por participação na quadrilha que desviou recursos e fraudou contratos da Petrobras com empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
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