Rebeca Andrade salta para a história e é ouro nas Olimpíadas de Tóquio

Ginasta conquista primeira medalha da história da ginástica feminina em Jogos Olímpicos e chega ao segundo pódio no Japão. Brasileira fica à frente de Mykayla Skinner e Seojeong Yeo

Rebeca Andrade precisou esperar. Terceira a se apresentar, pulou para a liderança àquela altura e sentou. Uma a uma, à beira da pista, viu suas rivais ficarem com notas abaixo que as suas. Aos poucos, o sorriso aumentou até a certeza de que faria história. Com média 15,083 pontos, garantiu o ouro no salto das Olimpíadas de Tóquio. Depois da prata no individual geral, Rebeca volta a subir ao pódio e conquista sua segunda medalha nos Jogos. A primeira da ginástica feminina do Brasil na história.

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Rebeca foi a única a conseguir uma média acima de 15,000 no salto. A prata ficou com a americana Mykayla Skinner, com 14,916. A sul-coreana Seojeong Yeo fechou o pódio, em terceiro lugar, com 14,733.

Rebeca Andrade faz grande salto e consegue a média de 15.083

Rebeca Andrade faz grande salto e consegue a média de 15.083

Rebeca Andrade é ouro nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin/ Panamerica Press / CBG

Rebeca Andrade é ouro nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin/ Panamerica Press / CBG

Daniele Hypolito foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha em Mundiais, uma prata no solo de 2001. Daiane dos Santos a primeira campeã mundial, em 2003. Rebeca em 2021 se tornou a primeira medalhista olímpica. E em dose dupla. Antes, já havia conquistado a prata no individual geral. A partir dali, precisou esperar ainda as últimas rivais. Nota a nota, sorriu. Mais uma vez, a brasileira saltou para a história em Tóquio.

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Os saltos de Rebeca

Mykayla Skinner foi a primeira a se apresentar. Abriu com um bom salto, ainda que a chegada não tenha sido centralizada. No segundo, pisou em falso e acabou punida. Fechou com 14,916 de média. Na sequência, Alexa Moreno se apresentou na sequência, com 14,716 de média.

Era, então, a vez de Rebeca. A brasileira parecia tranquila, à espera de sua apresentação. Falou algumas palavras sozinha, olhou para o lado e sorriu. No primeiro salto, um Cheng bem executado, mas com uma queda um pouco para o lado e recebeu 15,166 pontos. No segundo, um Amanar, com dois passos para o lado na descida e tirou 15,000. Com 15,083 de média, pulou para a liderança naquela altura.

Rebeca Andrade nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin/ Panamerica Press/ CBG

Rebeca Andrade nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin/ Panamerica Press/ CBGhttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O primeiro grande susto foi com a nota da sul-coreana Seojeong Yeo em seu primeiro salto: 15,333 com o salto mais difícil executado na final. A quase queda no segundo salto, porém, abriu espaço para o ouro de Rebeca. No fim, antes de sair a nota da russa Liliia Akhaimova, a última a se apresentar, Rebeca já estava cercada por câmeras. Ali, todos já sabiam: a ginasta de Guarulhos garantira o primeiro ouro da ginástica feminina do Brasil.

Rebeca Andrade nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin/ Panamerica Press/ CBG

Rebeca Andrade nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin/ Panamerica Press/ CBG

Direto da Redação

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