Proposta de CPMF que vai para o Congresso é de 0,2%, afirma Dilma

Agora, como será feito no Congresso, é outra discussão’, disse presidente.
Elevação da alíquota é cogitada para contemplar estados e municípios.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (15), em entrevista coletiva, após solenidade do Prêmio Jovem Cientista, no Palácio do Planalto, que o governo enviará ao Congresso uma proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) com alíquota de 0,2%, a exemplo do que foi anunciado nesta segunda pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).

manhã desta terça, antes da solenidade,Dilma recebeu líderes da base aliada do governo na Câmara para discutir a possibilidade de elevação da alíquota, a fim de contemplar estados e municípios com parte dos recursos da CPMF, cujo percentual poderia chegar a até 0,38%.
Nessa hipótese, as receitas que excederem 0,2% iriam para o caixa dos governos estaduais e municipais. A proposta já foi adiantada aos governadores em jantar na noite desta segunda  Mesmo assim, lideranças da base aliada consideram “difícil” a aprovação da proposta no Congresso Nacional.
Indagada sobre a possibilidade de elevação da alíquota, Dilma respondeu: “A proposta do governo e que vamos enviar ao Congresso é 0,20% de uma CPPrev [CPMF destinada à Previdência Social]”, disse. Segundo ela, o governo não aprova CPMF.
“Quem aprova é o Congresso. A proposta que queremos é para a Previdência, e ela é provisória. Sabemos que nesse período tem uma depressão cíclica da Previdência. Então, a nossa proposta vai assim [com alíquota de 0,2%]. A nossa proposta é carimbada. Agora, como será feito no Congresso é outra discussão”, declarou a presidente.
Antes da entrevista, durante cerimônia de entrega do Prêmio Jovem Cientista, ela afirmou que o Brasil é “mais forte” que a crise econômica e vai “seguir em frente”, após os ajustes.
“Acredito que o Brasil tem todas as condições na superação das dificuldades. Nesses últimos anos acumulamos um grande arsenal para reagir. O Brasil está passando por alguns problemas, é verdade, mas ele é mais forte e maior do que esses problemas. Temos uma agricultura avançada. Temos uma agricultura familiar em crescimento e não em retração”, disse.
Do G1, em Brasília

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