Pregão das bolsas de valores da China é suspenso após quedas de 7%
Nova regra interrompe pregão quando mercado perde 7%.
Foi a primeira vez que a nova norma foi aplicada.
As negociações nas bolsas de valores da China, Xangai e Shenzhen, foram suspensas nesta segunda-feira (4) após os índices caírem 7%. A baixa coincide com o anúncio da contração da atividade manufatureira em dezembro na China, pelo quinto mês consecutivo.
A baixa do índice CSI300, que agrupa as 300 principais empresas cotadas nas duas bolsas, forçou a suspensão das cotações – chamada de “circuit braker”, na primeira vez em que foi aplicada a nova norma das autoridades de regulamentação.
A regra em vigor prevê que se o índice CSI300, que inclui grandes bancos e empresas de petróleo estatais, registrar alta ou baixa de 7%, as negociações devem ser suspensas pelo restante da sessão.
Em um primeiro momento, as negociações foram suspensas por 15 minutos, mas a iniciativa não conseguiu evitar a queda.
No momento da suspensão, o índice de Xangai perdia 6,85%, (242,52 pontos), a 3.296,66 unidades. Em Shenzhen, a queda era de 8,19%, a 2.119,90 pontos.
Tóquio
O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio fechou nesta segunda-feira em forte baixa de 582,73 pontos (3,06%), aos 18.450,98 pontos. O segundo indicador, o Topix, que reúne os valores da primeira seção, também teve forte queda, de 37,63 pontos (2,43%), para 1.509,67.
O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio fechou nesta segunda-feira em forte baixa de 582,73 pontos (3,06%), aos 18.450,98 pontos. O segundo indicador, o Topix, que reúne os valores da primeira seção, também teve forte queda, de 37,63 pontos (2,43%), para 1.509,67.
Para se ter uma ideia, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o circuit breaker é disparado quando a baixa do Índice Bovespa (Ibovespa) atinge os 10%. Os negócios são então paralisados por trinta minutos e retomados em seguida.
O que está acontecendo
Desde julho, as preocupações em torno da economia da China têm abalado os mercados internacionais, provocando uma onda de fuga de ativos considerados mais arriscados e uma derrubada nas principais bolsas de valores do mundo.
Desde julho, as preocupações em torno da economia da China têm abalado os mercados internacionais, provocando uma onda de fuga de ativos considerados mais arriscados e uma derrubada nas principais bolsas de valores do mundo.
No dia 24 de agosto, a bolsa de Xangai afundou mais de 8%, a maior queda diária desde o auge da crise financeira global em 2007, em meio à forte aversão ao risco global de uma desaceleração da economia chinesa.
Os dados da economia chinesa não têm sido muito positivos ultimamente, e isso vem gerando temor entre os investidores sobre a “saúde” do país. O PIB do primeiro trimestre, por exemplo, apesar de ter crescido 7%, mostrou o pior ritmo em seis anos.
Paralelo a isso, as medidas do governo de socorro à bolsa chinesa vêm afastando os poupadores e atraindo mais especulação.
O movimento recente do banco central da China de desvalorizar o iuan também levou a um choque negativo no apetite de risco e elevou a preocupação de contaminação no crescimento global.
Da France Presse