Polícia investiga crimes envolvendo policiais

PRISÕES_(Medium)
Tenente Josuel, Soldado Tiago Viana e o Soldado Glaydstone
Os policiais militares Tiago Viana
Gonçalves, 33 anos, e Josiel Alves Aguiar, 34 anos, foram presos por
suspeita de envolvimento em vários crimes na cidade de Buriticupu. A
polícia busca por mais um militar, o soldado Gladstone de Sousa Alves,
34 anos, que está foragido. Foram abertos inquéritos penal e
administrativo para apurar a conduta dos suspeitos. Na lista de crimes
atribuídos ao trio está homicídio qualificado, ocultação de cadáver,
associação criminosa, apropriação indevida, extorsão, formação de
quadrilha e coação. Os policiais estão em prisão temporária, mas será
solicitada a preventiva.
As informações sobre o andamento das
investigações foi apresentada, na tarde desta quarta-feira (31), durante
coletiva à imprensa, na sede da Secretaria de Estado de Segurança
Pública (SPP), na Vila Palmeira. Desde o início das investigações, 42
pessoas, entre policiais militares, civis e outras testemunhas foram
ouvidas. Serão acionados ainda para prestar informações membros do
Quartel Militar e da Delegacia Civil de Imperatriz, além da Delegacia de
Buriticupu.
Tiago Viana, Josiel Alves e Gladstone de
Sousa são suspeitos do desparecimento e possível homicídio do cabo
Júlio César da Luz Pereira e do soldado Carlos Alberto Constantino
Sousa, vistos pela última vez em 17 de novembro do ano passado, quando
saiam juntos em uma caminhonete Triton L-200 preta, fora do turno de
serviço e à paisana. Os dois teriam sido atraídos para realizar o roubo
de veículos de carga. Em depoimento, os suspeitos negaram qualquer
conversa neste sentido com os policiais.
Durante a coletiva, o secretário de
Segurança Pública, Jefferson Portela, condenou os desvios de conduta e
enfatizou a firmeza das investigações. “Fico indignado com policiais no
crime, pois, ao fazerem o juramento, estão diante de suas famílias, da
corporação e da sociedade se comprometendo a honrar a missão. Policial
que convive com bandido é bandido também e não compactuamos. Se forem
identificados mais envolvidos eles serão presos e punidos com o rigor da
lei. O monitoramento interno é um dever do sistema de Segurança e
aqueles que tenham atitudes em desacordo com as normas não permanecerão
na polícia”, garantiu.
O delegado-geral de Polícia Civil,
Lawrence Melo, explicou que está sendo feito um trabalho intenso para
investigação dos crimes. “É uma investigação minuciosa que vem ocorrendo
há alguns meses e agora teve uma etapa concluída, mostrando que a
Segurança não é condescendente com a ilicitude”, ressaltou.
O superintendente de Homicídios e
Proteção à Pessoa (SHPP), delegado Leonardo Diniz, informou que as
investigações foram iniciadas ainda no ano passado, quando foi
identificada a ligação dos policiais que estão presos com o
desaparecimento dos outros dois militares e com o crime de tráfico de
drogas. “Esses policiais estavam em conflito com a lei, envolvidos em um
conjunto de graves crimes, que inviabilizam sua atuação na missão de
segurar e salvar vidas”, declarou o delegado Leonardo Diniz.
Durante a coletiva, o subcomandante da
PM, coronel Jorge Luongo, destacou que o policiamento foi reforçado na
cidade. “Estamos, desde então, reforçando o efetivo daquela área com
apoio e monitoramento. Os envolvidos nesses atos ilícitos correspondem a
uma minoria que não representa a corporação, e que serão punidos
conforme seus atos”, enfatizou.
Participou ainda da coletiva o corregedor-geral do sistema de Segurança Pública, Fernando de Moura.

Fonte: Ascom       

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