O Haiti é bem aqui no eixo Piocerão-Piauí, Ceará e Maranhão
O Haiti é logo ali, no Estado do Piauí, com sua população na miséria e no desemprego. O Haiti é pertinho dali, no Ceará, pela fome que leva moradores a disputarem comidas e frutas estragadas no lixo entre cães e urubus. O Haiti é aqui, em todo o Maranhão, estado com mais de 60% da sua população sem ter o que comer, vivendo na estrema pobreza.
No Piauí já esteve bem pior, abaixo da linha da fome, mas ainda existem muitos pontos e cidades nos quais o urubu é o maior inimigo dos necessitados na disputa por sobras de comidas, na falta de vergonha de seus governantes.
São crianças nanicas, sem saúde, sem remédio e sem comida, notadamente no interior. Pequenos desnutridos chutando moscas para garantir um pedaço de pão e um pouco do que sobrou do café que, na maioria das vezes, vira almoço.
Mas o Haiti ainda continua ali, no Ceará, nas cidades médias, grandes e pequenas. Sem empregos, resulta na fome, desnutrição e falta de planejamento humano para tirar o povo da miséria e da fome.
Crianças que estão gordinhas, embora com aspecto de doentes. Claro, são as vermes convivendo com a barriga de cada uma. Isto, sem contar nas regiões da seca, onde um calango vale ouro e a disputa por troiras gera agressão.
O cu do Haiti desceu e fez moradia aqui entre nós. O Haiti ficou aqui. Conforme o IBGE, o Maranhão é um estado paupérrimo com a fome arregalada nos olhos, como diz uma música de um compositor nosso.
Aqui está mais da metade dos filhos da precisão sem ter comida no prato, comendo mato, assando restos de animais mortos e esfarelando sacos de lixos para encontrar o que sobrou, como carne podre e frutas estragadas. Temos o maior índice de analfabetismo e quase sem rede de esgotamento sanitário. Aliás, sem água potável.
No Haiti daqui, como no Haiti de lá (Piauí e Ceará), a população fica cada vez mais pobre e sem comida e os ricos, incluindo os agentes públicos, cada vez mais ricos da noite pro dia.
Só Deus para transformar esse sofrimento. Entra governo e sai governo e nada se modifica. Lamentável!
Luis Cardoso