Maranhão retira nome de Sarney de prédios públicos

Atendendo à promessa de campanha feita
no pleito de 2014, o governador Flavio Dino (PCdoB) baixou um decreto
que proíbe que nomes de pessoas vivas sejam usadas para batizar prédios
públicos. A determinação se estende também a indivíduos que tenham sido
responsabilizados por violações de direitos humanos durante o regime
militar.
Segundo Flávio, o decreto apenas obedece
a Lei Federal nº 6.454, de 1977, que estabelece que “É proibido, em
todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha se
notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava”.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, um decreto
publicado no Diário Oficial do Estado em 14 de janeiro estabelece a
alteração dos nomes de 37 escolas do Maranhão que ainda não haviam se
adequado à nova norma.
O ex-governador do Maranhão,
ex-presidente da República e ex-senador do Amapá, José Sarney (PMDB),
era quem mais tinha prédios batizados em sua homenagem, sete, no total.
Sua filha, a ex-governadora Roseana Sarney, também era lembrada no nome
de três instituições
.
Outros ex-governadores, o atual senador
Edison Lobão (PMDB), João Alberto de Souza (PMDB) e João Castelo (PSDB)
também deixarão de ver seus nomes estampados na fachada de colégios.
Outro homenageado que não mais nomeará uma instituição é o poeta
maranhense Ferreira Goulart. Agora, as escolas terão nomes de políticos,
professores, religiosos e estudiosos que já faleceram
A respeito dos nomes ligados à Ditadura
Militar, que já não mais nomeiam prédios no Maranhão, Dino afirma que
tomou a medida em 2015 porque não haveria motivos para homenagear
pessoas como os generais Castelo Branco, Emílio Garrastazu Médici e
Arthur Costa e Silva, que governaram o país naquela época. Para o
governador, não se deve exaltar ditado
Silvia Tereza

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