Manaus é encoberta por nuvem de fumaça nesta quinta
Fumaça intensa invadiu ruas e avenidas de várias áreas da capital.Região Metropolitana da capital sofre com tempo seco e queimadas.
Nuvem de fumaça de queimadas que ocorrem no interior encobriu Manaus na manhã desta quinta-feira (1º). O Aeroporto Internacional de Manaus Eduardo Gomes, Zona Oeste da cidade, opera por instrumentos. A ausência de chuvas e altas temperaturas na região têm favorecido as queimadas em áreas de vegetação e floresta.
A fumaça é cinzenta, densa e dificulta a respiração, além de prejudicar a visibilidade em ruas e avenidas da capital. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio ocorre provavelmente em área de floresta, em razão da intensidade e da extensão da fumaça. A fumaça cobriu toda a orla da Ponta Negra, um dos principais pontos turísticos de Manaus, cercada pelo Rio Negro (veja o vídeo acima).
Os focos de incêndio surgem durante todo o verão, quando agricultores queimam a vegetação para preparar o solo, além de moradores que ateiam fogo em terreno baldio.
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Desde o início do ano o Corpo de Bombeiros já atuou em mais de 310 combates a incêndio em todo o estado, ultrapassando todo o número de ocorrências registrado no ano passado.
“[A fumaça] Deve ser algum deslocamento de massa de ar de alguma área com vegetação queimando, que se deslocou para Manaus. O Corpo de Bombeiros está atuando em diversos municípios, mas não temos a capacidade de identificação ampla da origem. Há muita queimada na Região Sul do estado”, explicou o tenente Janderson Lopes, do Corpo de Bombeiros do Amazonas.
A contabilista Rosângela Medeiros, de 49 anos, que reside no bairro São Lázaro, se assustou com a forte fumaça ainda de madrugada. Ela relata que a inalação da fumaça provocou crises respiratórias.
“Tenho sinusite, e com essa forte fumaça invadindo a casa, amanheci com dificuldades de respirar e com o nariz congestionado. É lamentável que no coração da Floresta Amazônica uma situação dessa ocorra. A degradação do meio ambiente com queimadas. As crianças sofrerão ainda mais os efeitos, vou permanecer em casa hoje e evitar que meu neto de dois anos seja exposto a essa fumaça”, revelou.
“Tenho sinusite, e com essa forte fumaça invadindo a casa, amanheci com dificuldades de respirar e com o nariz congestionado. É lamentável que no coração da Floresta Amazônica uma situação dessa ocorra. A degradação do meio ambiente com queimadas. As crianças sofrerão ainda mais os efeitos, vou permanecer em casa hoje e evitar que meu neto de dois anos seja exposto a essa fumaça”, revelou.
Opera por instrumento
A Infraero informou que o Aeroporto Internacional de Manaus opera por instrumentos devido a pouca visibilidade desde 6h da manhã. “As operações foram mantidas normalmente. Os pousos e decolagens não foram afetados”, informou a Infraero.
A Infraero informou que o Aeroporto Internacional de Manaus opera por instrumentos devido a pouca visibilidade desde 6h da manhã. “As operações foram mantidas normalmente. Os pousos e decolagens não foram afetados”, informou a Infraero.
Clima seco
O “verão amazônico” deverá continuar na capital até dezembro em Manaus. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é de que as chuvas fiquem abaixo do normal na capital e em parte do interior do Amazonas. As altas temperaturas também devem seguir até o fim do ano.
O “verão amazônico” deverá continuar na capital até dezembro em Manaus. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é de que as chuvas fiquem abaixo do normal na capital e em parte do interior do Amazonas. As altas temperaturas também devem seguir até o fim do ano.
De acordo com o Inmet, o acumulado de chuva registrado no mês de setembro foi de 15,8mm, considerado extremamente seco para o período. Poucas chuvas devem ocorrer até dezembro.
No mês passado, a capital registrou a mais alta temperatura dos últimos 90 anos, com 38,9ºC. O Inmet atribui a intensificação do calor ao fenômeno El Niño. O clima seco tem favorecido o surgimento de queimadas na capital e no interior.
No mês passado, a capital registrou a mais alta temperatura dos últimos 90 anos, com 38,9ºC. O Inmet atribui a intensificação do calor ao fenômeno El Niño. O clima seco tem favorecido o surgimento de queimadas na capital e no interior.