Justiça aceita denúncia contra investigados na Operação Hashtag
Oito acusados pelo Ministério Público Federal são os primeiros réus enquadrados na lei antiterrorismo no Brasil
Suspeito de planejar ataque terrorista durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 (Valter Campanato/Agência Brasil)
O juiz federal Marcos Josegrei da Silva aceitou nesta segunda-feira a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra oito suspeitos de planejar atentados terroristas no Brasil durante a Olimpíada do Rio de Janeiro, em agosto. A informação foi veiculada na edição desta segunda do Jornal Nacional, da TV Globo. Os oito acusados, que agora passam à condição de réus, foram presos na Operação Hashtag, em julho. Além deles, outros seis, que ganharam liberdade condicional na sexta-feira passada, também haviam sido presos. Esta é a primeira ação penal no Brasil originada da lei antiterrorismo, sancionada em março deste ano.
Viraram réus e serão julgados pelos crimes de promoção de organização terrorista, associação criminosa e corrupção de menores Leonid El Kadre de Melo, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Israel Pedra Mesquita, Alisson Luan de Oliveira, Oziris Lundi, Luis Gustavo de Oliveira e Hortêncio Yoshitake.
Fernando Pinheiro Cabral, é o único que não responderá por corrupção de menores. Considerado um dos líderes do grupo, El Kadre também é acusado de recrutamento para organização terrorista.
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Na sexta-feira passada, além de oferecer a denúncia, o MPF havia pedido a prisão preventiva dos acusados, que foi determinada pelo juiz Marcos Josegrei. Os oito réus, que não tem mais prazo para deixar a prisão, estão presos na penitenciária federal de Campo Grande (MS).
Ao decidir pelas prisões preventivas dos acusados, o magistrado escreveu no despacho que “todos integram o mesmo grupo, estimulam mutuamente a prática de atos violentos e extremistas entre si. Dedicam grande parte do tempo a exaltar, a divulgar as ações do autoproclamado Estado Islâmico. Ameaçam cometer atentados terroristas, cogitam alvos, postam imagens de execução, declaram-se partidários dos métodos utilizados pelo grupo terrorista, advogam a morte por execução de homossexuais, de muçulmanos xiitas, de ‘infiéis’, de judeus, de pessoas que sejam nacionais de países que combatem militarmente o Estado Islâmico”.
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