Governo divulga nota de repúdio contra anúncio de sex shop no MA

Sexista’, ‘machista’ e ‘misógina’, diz nota de secretaria sobre publicidade.
Plotagem de loja mostra mulher nua, de costa, na traseira de vários ônibus.

A Secretaria de Estado da Mulher (Semu) divulgou, nesta sexta-feira (27), no site da instituição, uma nota de repúdio contra uma propaganda da loja de artigos eróticos “Fantazy Sex Shop” que está circulando plotada na traseira de alguns ônibus de transporte coletivo, em São Luís.
O anúncio publicitário tem como pano de fundo a imagem em preto e branco de uma mulher nua, de costas, em posição sexual, com a genitália “coberta” apenas por uma tarja vermelha que mostra dados da loja, como endereço e telefone, além do slogan “Sex shop mais completo da ilha do amor”.
A secretaria informa que recebeu várias denúncias de que fotografias da propaganda estariam sendo amplamente divulgadas nas redes sociais. Na nota, a secretária Laurinda Pinto afirma que considera a publicidade “sexista”, “machista” e “misógina” por mostrar o corpo de uma mulher como objeto para fins sexuais.
“Proibir que mulheres sejam objetificadas em qualquer meio de comunicação não é censura: é responsabilidade. A liberdade de expressão tem limites regulados em lei”, diz o texto.
No informe, a secretária avisa que pedirá a proibição da propaganda aos órgãos competentes. “As mulheres maranhenses se sentem ofendidas e desrespeitadas. Enquanto lutamos em prol da igualdade de gênero, nos deparamos com esse tipo de imagem. Isso é violência contra a mulher! A circulação da imagem é ato discriminatório”, conclui Pinto.
Leia a íntegra da nota abaixo:
A Secretaria de Estado da Mulher e o Conselho Estadual da Mulher vem a público expressar repúdio contra o anúncio comercial da empresa Fantazy Sex Shop em forma de plotagem em ônibus coletivos de São Luís. Recebemos a denúncia através de foto, em anexo que está sendo amplamente divulgada nas redes sociais.
Consideramos a mensagem sexista, expor o corpo de uma mulher desta forma é não só uma atitude  machista e misógina, como não é correto usar a imagem de uma mulher de seu corpo, para este fim.
Nosso propósito enquanto órgão público é desenvolver planos e programas visando o enfrentamento das desigualdades e a defesa dos direitos das mulheres. Desta forma, proibir que mulheres sejam objetificadas em qualquer meio de comunicação não é censura: é responsabilidade. A liberdade de expressão tem limites regulados em lei.
As mulheres maranhenses se sentem ofendidas e desrespeitadas. Enquanto lutamos em prol da igualdade de gênero nos deparamos com esse tipo de imagem. Isso é violência contra a mulher! A circulação da imagem é ato discriminatório. E já estamos solicitando a proibição da mesma junto aos órgãos competentes.
São Luís, 27 de novembro de 2015
Laurinda Maria de Carvalho Pinto
Do G1 MA

Deixe um comentário