Flávio Dino assume defesa de Dilma Rousseff temendo Sarney
Não é só por companheirismo à presidente Dilma Rousseff (PT) que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tem assumido a frente da defesa institucional do mandato da petista – para usar o termo de que ele tanto gosta.
O comunista sabe que uma possível queda da presidente, em caso de impeachment, seria o passo inicial para o fortalecimento do seu principal adversário político, o senador José Sarney (PMDB).
Explica-se: se Dilma for declarada impedida de governar, ao contrário do que pensam alguns incautos, não é Aécio Neves (PSDB) – segundo colocado na eleição de 2014 – quem assume. Mas o vice-presidente, Michel Temer, que é do PMDB.
Com os peemedebistas no poder, Sarney volta a uma posição privilegiada no plano federal.
E Flávio Dino tem a exata noção disso.
Por isso, tem passado os últimos dias a elaborar teses nas redes sociais sobre golpes e afins, sobre a legitimidade do mandato de Dilma e sobre a suposta ilegalidade de uma queda, neste momento.
Assim, além de avaliar estar ajudando a presidente, ele ainda ganha pontos com ela, por aceitar defendê-la num momento em que o que mais se quer é distância.