Evangélicos protestam contra Eliziane Gama em evento da Assembleia de Deus
Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) criada para investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro realiza reunião para instalação, eleição do presidente, vice e indicação do relator. A CPMI é formada por 16 senadores e 16 deputados federais titulares, com igual número de suplentes de cada Casa e vai investigar a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. À mesa, relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Foto: Pedro França/Agência Senado
A senadora Eliziane Gama (PSD) foi hostilizada na noite desta quinta-feira (6) durante a sua participação no 12º Congresso de Mocidade da Assembleia de Deus (COMADESL) em São Luís, que acontece no Multicenter Sebrae.
As vaias à senadora ocorreram no momento em que eram veiculadas imagens dela nos dois telões distribuídos no salão do evento. Eliziane Gama diz se tratar de montagem feita por “bolsonaristas radicais”.
Em um dos vídeos, gravado por uma jovem, que possivelmente é membro da igreja, há uma narração sobre o momento das vaias. A jovem explica no vídeo que o alvo se trata da parlamentar.
“Do nada todo mundo começou a vaiar e ninguém estava entendendo. É Eliziane Gama ‘no coisa’ (sic) [telão] e a igreja inteira vaiando. Todo mundo vaiando Eliziane Gama […]”, narra a jovem, com uma tomada panorâmica do evento.
Outros vídeos circulam com legendas que também apontando a senadora como a figura hostilizada.
Montagem
Em contato com o Imirante, a senadora negou que tenha sido vaiada no evento da Assembleia de Deus e disse se tratar de montagem.
“Não teve, não. Eles montaram um vídeo. Somente depois do evento eu soube disso”, disse.
E completou: “Você não vai ver nenhum vídeo de vaia comigo”.
Gama também assegurou que encaminhará ao Imirante uma nota elaborada pela organização do evento.
Insatisfação
Parte da comunidade evangélica está insatisfeita com o posicionamento da senadora Eliziane Gama em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Gama é relatora da CPMI do 8 de Janeiro, e tem defendido a tese de que ocorreu uma tentativa de golpe contra a democracia e as instituições do país.
Ela também tem travado duros embates com parlamentares da ala conservadora e aliada de Bolsonaro.
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