Corregedoria da PM assume inquérito militar sobre mortes em Paraisópolis

Nove pessoas morreram pisoteadas na madrugada de sábado para domingo após ação da PM em baile funk

Tragédia aconteceu na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo (Reprodução/Getty Images)

A Corregedoria da Polícia Militar assumiu o inquérito aberto pelo 16º Batalhão da corporação para investigar a morte de nove pessoas pisoteadas após a ação da PM em um baile funk na favela de Paraisópolis, em São Paulo.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, todas as circunstâncias serão apuradas e as armas dos policiais envolvidos na ação foram apreendidas e serão periciadas.

Ainda segundo a secretaria, o inquérito passou para as mãos da Corregedoria por ordem do comandante-geral da PM, o coronel Marcelo Vieira Salles. O batalhão atuará de forma auxiliar.

Um segundo inquérito, este da Polícia Civil e conduzido pelo 89º DP, foi aberto e os policiais que atuaram na ocorrência já prestaram depoimento.

A tragédia aconteceu na madrugada de sábado para domingo, após chegada da Polícia Militar no local, quando as vítimas morreram pisoteadas em um tumulto. De acordo com as autoridades, a festa abrigava cerca de cinco mil pessoas.

Segundo relatos de moradores, os participantes da festa foram encurralados. No total, doze pessoas foram levadas para o pronto-socorro.

Policiais do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) realizavam Operação Pancadão na região, quando, segundo a PM, dois homens em uma motocicleta atiraram contra os agentes e se dirigiram ao baile funk. A PM afirma que criminosos usaram os frequentadores da festa como escudo humano.

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