Confira as 12 mudanças trabalhistas propostas pelo governo

Caso Congresso aprove medida, itens poderão ser negociados entre patrões e trabalhadores


Buscando reaquecer a economia, o governo do presidente
Michel Temer anunciou nesta quinta-feira projeto de lei que flexibiliza
as relações trabalhistas. No total, o governo listou 12 itens que
poderão ser negociados entre patrões e trabalhadores se a medida for
aprovada no Congresso.


Entre as possíveis mudanças, está a ampliação da terceirização –
restrita hoje a atividades de suporte, como segurança e serviços de
limpeza –, que deverá incluir novas áreas além das permitidas
atualmente. Outra medida deve ser a prevalência do acordo entre empresas
e sindicatos dos trabalhadores sobre a legislação.




também a formalização da jornada diária de até 12 horas, sendo que o
limite semanal de 220 horas mensais tem de ser respeitado. Atualmente,
contratos de trabalho com jornadas superiores a oito horas diárias são
frequentemente questionados na Justiça do Trabalho, que ainda não
reconhece formalmente a jornada mais longa. Outra mudança proposta é a
divisão das férias em até três períodos.


Confira a seguir as mudanças propostas pelo governo nesta quinta-feira:

Jornada


Atualmente, a jornada de trabalho é de 8 horas diárias e de 44 horas
semanais. Com a mudança, o limite diário passa a ser de 12 horas diárias
e de 220 horas mensais.


Registro de ponto


Um acordo coletivo pode definir a maneira de registro e
acompanhamento de ponto. Sendo assim, a existência de um ponto
eletrônico passa a ser flexível.


Participação nos resultados


O que vai definir as regras para a participação tanto em lucros como resultados é o acordo coletivo.

Deslocamento


Atualmente, o tempo de deslocamento do trabalhador até a empresa e
sua volta é contabilizado como jornada de trabalho. Com nova proposta,
acordo coletivo alterar essa regra.


Férias


O governo propõe a divisão das férias em até três vezes, com
pagamento proporcional ao período escolhido. Um dos parcelamentos tem de
corresponder a ao menos duas semanas de trabalho.


Remuneração por produtividade


A remuneração por produtividade também será decidida em acordo coletivo.

Intervalo

Hoje, o tempo de almoço, por exemplo, é de um hora. Pela proposta do
governo, esse tempo poderia ser diferente. O intervalo entre jornadas
tem que ter um limite mínimo de 30 minutos;


Programa de seguro-emprego


A entrada no Programa de Seguro-Emprego (PSE) deverá ser decidida entre trabalhadores e empregadores.

Plano de salários

Plano de cargos e salários ta
mbém ficará a cargo das negociações entre trabalhadores e empregadores;

Fim de acordo coletivo


De acordo com a Justiça, quan
do um acordo coletivo está vencido, o
último acaba valendo. O STF, porém, reviu a decisão. A proposta
apresentada pelo governo prevê que as partes podem concordar com a
extensão de um acordo coletivo após sua expiração.


Banco de horas


Segundo o projeto de lei, caberá às partes negociar o banco de horas ,
porém, fica garantido o acréscimo de 50% no valor pago pela hora extra.


Trabalho remoto


Segundo o projeto de lei, as regras sobre o trabalho à distância deverão ser acordadas entre trabalhadores e empregadores.

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