Buracos e obras não concluídas aumentam risco em rodovias do MA

As estradas do Maranhão estão esburacadas, lentas e perigosas

As estradas do Maranhão estão esburacadas, lentas e perigosas. Elas atrasam a nossa economia e tiram vidas. Os repórteres Sidney Pereira e César Hipólito percorreram as principais rodovias maranhenses para mostrar os problemas na pavimentação, os perigos da falta de fiscalização e, também, como as estradas trouxeram novas oportunidades para os moradores das cidades por onde passam. É a série: ‘Caminhos Perigosos’.
Nossas estradas tão muito mal conservadas, muito buraco, muita erosão. Muita falta de conservação mesmo.”
Emanuel Vieira, caminhoneiro
A primeira reportagem da série do JMTV2, da TV Mirante, afiliada da TV Globo no Maranhão, começa mostrando as rodovias mais perigosas do estado: a BR-222, que liga o nordeste com o norte e o centro-oeste do país, e a BR-135, única via terrestre que liga São Luís ao restante do estado.
“Nossas estradas tão muito mal conservadas, muito buraco, muita erosão. Muita falta de conservação mesmo. Uma viagem que você pode fazer em três, quatro horas, leva cinco, seis horas de viagem – sem falar o desgaste do carro que é grande”. O desabafo é do caminhoneiro, Emanuel Vieira, que conhece bem os perigos que há nas curvas da BR-222.
Entre Santa Luzia e Açailândia, no Maranhão, motoristas enfrentam 270 km de curvas perigosas com buracos no asfalto e abismos (Foto: Reprodução/TV Mirante)Entre Santa Luzia e Açailândia, no Maranhão, motoristas enfrentam 270 km de curvas perigosas com buracos no asfalto e abismos (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Quem viaja pela BR-222 corre o risco de se deparar com uma grande erosão logo depois de uma curva. No trecho entre Santa Luzia e Açailândia, no Maranhão, os motoristas enfrentam 270 quilômetros de curvas perigosas com buracos no asfalto e abismos gigantescos desmanchando a rodovia.

Há três anos o governo federal iniciou uma obra de recuperação da BR-222. O projeto de R$ 300 milhões previa a correção das curvas mais fechadas e terceira faixa para veículos pesados. Em dois trechos dados como prontos, o Tribunal de Contas apontou uma série de irregularidades na execução da obra: serviços feitos fora do padrão licitado. E na etapa final, os serviços foram apenas iniciados.

Obras abandonadas
As empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) simplesmente abandonaram o serviço. Alegaram atraso no pagamento. Outra obra do governo federal parada por falta de atraso no pagamento é a duplicação da BR-135. Os dois consórcios que venceram a licitação pra fazer o serviço abandonaram a obra com medo de calote.
Superintendente do DNIT alega falta de recursos para terminar os serviços.  (Foto: Reprodução/TV Mirante)Superintendente do DNIT alega falta de recursos para terminar os serviços. (Foto: Reprodução/TV Mirante)
A obra foi orçada no começo em R$ 213 milhões. Vieram os aditivos e o valor aumentou para R$ 394 milhões. Pouco mais de 60% dos serviços foram concluídos. Os viadutos previstos no projeto ainda são armações de concreto.

O superintendente do DNIT, Geraldo Fernandes, alega falta de recursos para terminar os serviços. “Dinheiro que tem são R$ 10 milhões e não daria porque a obra precisa de R$ 100 milhões. A paralisação está em cima da crise que o Brasil enfrenta, da dificuldade de recursos orçamentários”, afirmou.

Estatística
AS BRS-222 e 135 estão entre as que mais matam no país. Foram 1668 acidentes nas duas rodovias federais com 131 mortes nos últimos dois anos, segundo dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
As estradas do Maranhão estão esburacadas, lentas e perigosas. Elas atrasam a nossa economia e tiram vidas. Os repórteres Sidney Pereira e César Hipólito percorreram as principais rodovias maranhenses para mostrar os problemas na pavimentação, os perigos da falta de fiscalização e, também, como as estradas trouxeram novas oportunidades para os moradores das cidades por onde passam. É a série: ‘Caminhos Perigosos’.
Nossas estradas tão muito mal conservadas, muito buraco, muita erosão. Muita falta de conservação mesmo.”
Emanuel Vieira, caminhoneiro
A primeira reportagem da série do JMTV2, da TV Mirante, afiliada da TV Globo no Maranhão, começa mostrando as rodovias mais perigosas do estado: a BR-222, que liga o nordeste com o norte e o centro-oeste do país, e a BR-135, única via terrestre que liga São Luís ao restante do estado.
“Nossas estradas tão muito mal conservadas, muito buraco, muita erosão. Muita falta de conservação mesmo. Uma viagem que você pode fazer em três, quatro horas, leva cinco, seis horas de viagem – sem falar o desgaste do carro que é grande”. O desabafo é do caminhoneiro, Emanuel Vieira, que conhece bem os perigos que há nas curvas da BR-222.
Entre Santa Luzia e Açailândia, no Maranhão, motoristas enfrentam 270 km de curvas perigosas com buracos no asfalto e abismos (Foto: Reprodução/TV Mirante)Entre Santa Luzia e Açailândia, no Maranhão, motoristas enfrentam 270 km de curvas perigosas com buracos no asfalto e abismos (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Quem viaja pela BR-222 corre o risco de se deparar com uma grande erosão logo depois de uma curva. No trecho entre Santa Luzia e Açailândia, no Maranhão, os motoristas enfrentam 270 quilômetros de curvas perigosas com buracos no asfalto e abismos gigantescos desmanchando a rodovia.

Há três anos o governo federal iniciou uma obra de recuperação da BR-222. O projeto de R$ 300 milhões previa a correção das curvas mais fechadas e terceira faixa para veículos pesados. Em dois trechos dados como prontos, o Tribunal de Contas apontou uma série de irregularidades na execução da obra: serviços feitos fora do padrão licitado. E na etapa final, os serviços foram apenas iniciados.

Obras abandonadas
As empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) simplesmente abandonaram o serviço. Alegaram atraso no pagamento. Outra obra do governo federal parada por falta de atraso no pagamento é a duplicação da BR-135. Os dois consórcios que venceram a licitação pra fazer o serviço abandonaram a obra com medo de calote.
Superintendente do DNIT alega falta de recursos para terminar os serviços.  (Foto: Reprodução/TV Mirante)Superintendente do DNIT alega falta de recursos para terminar os serviços. (Foto: Reprodução/TV Mirante)
A obra foi orçada no começo em R$ 213 milhões. Vieram os aditivos e o valor aumentou para R$ 394 milhões. Pouco mais de 60% dos serviços foram concluídos. Os viadutos previstos no projeto ainda são armações de concreto.

O superintendente do DNIT, Geraldo Fernandes, alega falta de recursos para terminar os serviços. “Dinheiro que tem são R$ 10 milhões e não daria porque a obra precisa de R$ 100 milhões. A paralisação está em cima da crise que o Brasil enfrenta, da dificuldade de recursos orçamentários”, afirmou.

Estatística
AS BRS-222 e 135 estão entre as que mais matam no país. Foram 1668 acidentes nas duas rodovias federais com 131 mortes nos últimos dois anos, segundo dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
BRs-222 e 135 são as rodovias mais perigosas do Maranhão (Foto: Reprodução/TV Mirante)BRs-222 e 135 são as rodovias mais perigosas do Maranhão (Foto: Reprodução/TV Mirante)

O perigo nas duas rodovias atormenta – do começo ao fim das viagens. O caminhoneiro Antônio Carlos Leite está sempre na estrada e reconhece os riscos. “A maioria dos buracos… Os mais perigosos é dentro das curvas (…) Um lugar desse aqui, ó… É muito perigoso. Muito perigoso aqui, ó?”, desabafou.BRs-222 e 135 são as rodovias mais perigosas do Maranhão (Foto: Reprodução/TV Mirante)

O perigo nas duas rodovias atormenta – do começo ao fim das viagens. O caminhoneiro Antônio Carlos Leite está sempre na estrada e reconhece os riscos. “A maioria dos buracos… Os mais perigosos é dentro das curvas (…) Um lugar desse aqui, ó… É muito perigoso. Muito perigoso aqui, ó?”, desabafou.

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