Ataque do Estado Islâmico no Iraque deixa mais de 100 mortos

Ao menos 120 morreram em explosão, segundo agência de notícias AP.
Ataque atingiu mercado em Khan Beni Saad, no nordeste de Bagdá.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou o ataque que deixou ao menos 120 mortos em um mercado popular da região de Khan Beni Saad, no nordeste de Bagdá, capital do Iraque, na sexta-feira (17). Um caminhão-bomba explodiu no local, que reunia civis para celebrar o fim do mês sagrado do Ramadã. As informações são da emissora “CNN”.
De acordo com o governador da província de Diyala, ouvido pela “CNN”, há também 160 pessoas feridas.
Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado na noite de sexta-feira (17), pelo Twitter. Os jihadistas afirmam que o atentado foi realizado por um suicida iraniano, que detonou um veículo carregado com três toneladas de explosivos.
Além das vítimas, 50 lojas foram completamente destruídas e 70 veículos ficaram carbonizados pela explosão, que abriu uma grande cratera no solo.
O grupo extremista disse que o ataque matou 180 milicianos xiitas que estavam perto da mesquita de Al Rasul al Aadam, próxima ao mercado popular, e causou também uma grande destruição na região.
Uma fonte de segurança em Bagdá assegurou à EFE que a maior parte das vítimas é civil. Eles faziam compras no mercado alvo do atentado, movimentado por causa do final do mês sagrado do Ramadã.
As autoridades locais formaram uma comissão para investigar o ataque e averiguar como o caminhão-bomba conseguiu chegar até o local, apesar das medidas de segurança adotadas pelo encerramento do Ramadã e da festividade religiosa do Eid al-Fitr.
Muzanna al Tamimi, governador da província de Diyala, onde aconteceu o atentado, declarou três dias de luto e suspendeu todas as celebrações do Eid al-Fitr.
As medidas de segurança na região foram reforçadas por causa da celebração religiosa, na qual as famílias vão a praças, parques e mercados para comprar doces e presentes, especialmente à noite.
Khan Beni Saad fica a 50 km ao sul da cidade de Baquba, capital da província de Diyala, e sua população é majoritariamente xiita, ramificação do islã que costuma ser alvo dos atentados cometidos por grupos sunitas radicais.
Esse foi um dos atentados mais mortíferos desde que o grupo jihadista conquistou amplas regiões do país e proclamou um califado nas zonas controladas tanto no território iraquiano como na Síria.
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Do G1, em São Paulo

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