Alexandre de Moraes vai presidir comissão do TSE sobre ataque hacker
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu criar hoje uma Comissão de Segurança Cibernética para acompanhar a investigação da Polícia Federal (PF) sobre os ataques ao sistema da corte ocorridos no domingo, durante o primeiro turno da eleição municipal.
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, tem afirmado que a suspeita é que houve ações coordenadas por parte de grupos criminosos para tentar deslegitimar o processo eleitoral.
A comissão será presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, que é o responsável pelo inquérito das “fake news”, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e apura ataques e ofensas contra ministros da Corte.
Também farão parte do grupo o corregedor-geral do TSE, ministro Luis Felipe Salomão e o delegado da PF Disney Rosseti, além de representantes das áreas técnicas.
Segundo o TSE, as investidas cibernéticas não tiveram relação com o atraso na divulgação dos resultados da votação, mas podem ter ocasionado instabilidades no aplicativo e-Título e no sistema de processo judicial eletrônico.
No domingo, o tribunal foi alvo de uma tentativa de ataque de negação de serviço com o objetivo de deixar o site e serviços do TSE indisponíveis, mas o ato foi neutralizado. No mesmo dia, houve o vazamento de dados pessoais de funcionários e ministros aposentados.
Inicialmente, a informação era que se tratava de dados antigos, mas, segundo fontes que acompanham a investigação, os hackers obtiveram informações pessoais de funcionários relativas a 2020.
O cenário mais provável é que o ataque tenha ocorrido antes de 1º de setembro. O conteúdo divulgado não aponta dados registrados pelo TSE após esta data.
De acordo com a apuração, as informações obtidas pelos hackers estavam no Portal do Servidor, um sistema administrativo que reúne informações sobre quem trabalha na corte e que não tem relação com o processo eleitoral.