Acidente em MG: polícia diz que ônibus tinha mais de um motorista
A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou, na tarde de hoje, que o ônibus acidentado ontem na BR-381, na altura de João
Monlevade, tinha mais de um motorista. Um deles, segundo os investigadores, morreu em decorrência da queda do
veículo de um viaduto de cerca de 35 metros. Outro consta como desaparecido.
“São informações contraditórias com relação a dois ou três motoristas. Um motorista com certeza faleceu no local. O
outro praticamente já identificaram. Mas temos que ter o cuidado necessário, porque essa identificação basicamente pode
ser feita por questões testemunhais e essas testemunhas ainda se encontram no calor da emoção e aquele trauma pós
acidente”, explicou Paulo Tavares, delegado responsável pelo inquérito policia
O acidente teve 18 óbitos e 23 feridos. Do total de mortos, 13 faleceram no local.
Tavares afirmou que o suspeito foi identificado vivo. Testemunhas disseram que o condutor do ônibus saltou do veículo
antes da queda, fugiu do local e ainda não se apresentou à polícia. Uma sobrevivente do acidente afirmou que o motorista
perdeu a frenagem, não fez nenhum alerta aos passageiros e largou a direção para pular do ônibus.
A identificação, segundo a polícia, é feita por fotos apresentadas às vítimas e testemunhas que estavam no local. Os
peritos tratam a questão como delicada; até o momento, segundo Tavares, foram ouvidas oito pessoas.
O veículo, que transportava 46 passageiros no momento da tragédia, saiu de Mata Grande (AL) e ia para São Paulo. A
ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou que a empresa JS Turismo é a dona do ônibus e não tinha
autorização para transportar passageiros.
Na manhã de hoje, a polícia divulgou a identidade de 13 das 18 vítimas. A lista, segundo a polícia, foi obtida por meio de
levantamentos feitos pelos investigadores. Tavares declarou que não houve contato com a JS Turismo e que tudo o que se
soube da empresa foi por meio da imprensa.
Os corpos de vítimas alagoanas do acidente serão transportados para Alagoas em aeronaves da FAB (Força Aérea
Brasileira). Eles serão liberados a medida que forem identificados. A polícia afirmou que pediu registros aos estados
Alagoas, Santa Catarina, São Paulo e Bahia para acelerar o processo de identificação.
Os corpos se encontram no IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte, para onde foram levados na manhã de hoje,
após serem transferidos do IML de João Monlevade.
Também foi divulgado que o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) reativará um posto avançado dentro do IML
para que as declarações de óbito sejam registradas dentro do próprio local.
Direto da Redação