Polícia prende traficante e apreende 20 Kg de maconha skank no bairro Ivar Saldanha
A Polícia Civil, por meio da Superintendência Estadual de investigações criminais (SEIC) e superintendência Estadual de combate ao Narcotráfico (SENARC), prendeu em flagrante uma traficante que seria distribuidora de drogas na região do bairro Ivar Saldanha, em São Luís.
A prisão ocorreu na manhã desta terça-feira (24), depois que policiais receberam informações anônimas de que a traficante havia recebido uma grande quantidade de droga.
A traficante foi identificada com Ewelenn Klewia Valino Gomes que estava comercializando 20 Kg de maconha que seria do tipo Skank (modificada em laboratório) com maior poder alucinógeno. Toda a droga foi apreendida.
Os policiais apreenderam e a menor Y.M.S.V que estaria ajudando na venda da droga.
Sobre a maconha tipo Skank
O skank é uma espécie de maconha (cannabis sativa), cultivada em laboratório, com efeito concentrado. Não chega a ser uma maconha transgênica, porque a estrutura molecular da semente não é modificada. A diferença está no cultivo, feito em estufas com tecnologia hidropônica — plantação em água, como ocorre com algumas espécies de alface.
O que diferencia o skank da maconha comum é a capacidade entorpecente. Em ambos, o princípio psico-ativo é o tetra-hidro-canabinol (THC). Na maconha, a concentração percentual nas folhas, flores e frutos prensados fica em torno de 2,5%. No skank, estudos apontam que o índice de THC pode ser de até 17,5%. Com isso, a quantidade necessária para a planta modificada produzir a mesma sensação da normal é muito menor.
Os cuidados com a produção fazem com que a droga tenha um alto preço no mercado.
Não há levantamentos de cultivo no Brasil. A droga consumida vem da Europa, principalmente da Holanda.
Em geral, a droga é fumada e processada pelo fígado até que o THC seja absorvido pelo cérebro e aparelho reprodutor. Pesquisas recentes apontam ainda que o alto teor de THC usa uma substância produzida pelos neurônios (a anandamina) para se fixar no organismo.
Consequências
Da mesma forma como o TCH é potencializado, os efeitos do skank no organismo também são. O entorpecente provoca os mesmos distúrbios da maconha: altera o funcionamento dos neurônios e diminui a concentração. As alterações de cerotonina e dopamina no organismo provocam lapsos de memória e de coordenação motora. Os usuários desenvolvem ansiedade e a possibilidade de dependência é bem maior, se comparado com a maconha comum.