Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista em ato contra governo Dilma
Pessoas vestidas de amarelo levaram faixas que pedem impeachment.
PM informou que protesto começou às 11h30 deste domingo (13).
Manifestantes estão reunidos desde as 11h30 deste domingo (13) na Avenida Paulista, região central de São Paulo, em ato contra o governo Dilma Rousseff (PT). A Polícia Militar, que acompanha o protesto, não informou até as 16h30 quantas pessoas participavam do ato.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse, por volta das 16h, que ainda avaliava se iriam ser divulgados números de participantes. Neste horário, alguns manifestantes já começavam a deixar a via.
Por volta das 15h30, a organização do Movimento Brasil Livre (MBL), um dos seis grupos que convocaram o ato, informou que 80 mil pessoas participavam do ato na Paulista. Procurada, a PM não confirmava a informação. Ela só informava que a manifestação seguia pacífica e sem ocorrências de gravidade. O Movimento Vem Pra Rua, outro grupo participante, informou que não iria divulgar uma estimativa de público e aguardava a divulgação pela PM.
Começo do ato
Segundo a assessoria de imprensa da PM, o ato começou por volta das 11h30, com a concentração de pessoas e ao menos sete caminhões de som na via. Em sua maioria, pessoas vestem camisetas amarelas, carEntre os gritos de ordem estão os pedidos para o impeachment de Dilma – uma grande faixa foi estendida pela avenida com a inscrição ‘Impeachment já’. Os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior também estavam presentes no ato. Foram eles que formularm o pedido de impeachment da presidente Dilma aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Começo do ato
Segundo a assessoria de imprensa da PM, o ato começou por volta das 11h30, com a concentração de pessoas e ao menos sete caminhões de som na via. Em sua maioria, pessoas vestem camisetas amarelas, carEntre os gritos de ordem estão os pedidos para o impeachment de Dilma – uma grande faixa foi estendida pela avenida com a inscrição ‘Impeachment já’. Os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior também estavam presentes no ato. Foram eles que formularm o pedido de impeachment da presidente Dilma aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“O Brasil não pode permanecer nas mãos do PT. O Brasil não pertence ao PT, o Brasil não pertence à senhora Dilma Rousseff. O Brasil é nosso, é do povo que clama por uma democracia verdadeira”, disse Bicudo. “Nós queremos a devolução do nosso país. Nesta avenida, ruas e praças de todo o Brasil, nossos corações transbordam do sentimento de justiça. Na boca do povo, uma só palavra: impeachment”.
Segundo a PM, seis grupos haviam se reunido na semana passada com a corporação para pedir autorização para realizar o protesto na Paulista. Entre os grupos que participaram do encontro estavam: Movimento Brasil Livre, Vem Pra Rua, Solidariedade, Endireita Brasil, Revoltados On Line e outro ligado ao ator Alexandre Frota.
Por volta das 14h40, os manifestantes estavam espalhados ao longo de sete quarteirões da Avenida Paulista. A maior concentração estava em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na esquina com a Rua Pamplona. Sete caminhões de som estavam na via neste domingo.
Por volta das 14h40, os manifestantes estavam espalhados ao longo de sete quarteirões da Avenida Paulista. A maior concentração estava em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na esquina com a Rua Pamplona. Sete caminhões de som estavam na via neste domingo.
Políticos do PSDB
O senador José Serra (PSDB-SP), que é do partido que faz oposição ao governo de Dilma, esteve na Avenida Paulista. Para o político, o impeachment de Dilma passa pela Câmara e pelo Senado. “Basta olhar as ruas e ver que o Brasil está querendo mudança”, disse.
O senador José Serra (PSDB-SP), que é do partido que faz oposição ao governo de Dilma, esteve na Avenida Paulista. Para o político, o impeachment de Dilma passa pela Câmara e pelo Senado. “Basta olhar as ruas e ver que o Brasil está querendo mudança”, disse.
Para Serra, só a “grande mobilização em todo canto do país vai tirar o Brasil dessa situação.” Segundo ele, ao que tudo indica, a crise econômica será pior em 2016.
O também senador tucano Aloysio Nunes foi outro político presente ao protesto. Ele foi visto perto do carro de som do Movimento Vem Pra Rua balançando um ‘Pixuleco’, boneco inflável alusivo ao ex-presidente Lula. “Ela mentiu durante a campanha, financiada com dinheiro sujo. O nome dessa crise é Dilma”, falou o senador tucano durante o ato.
Público
O advogado Everson Andrade disse que foi à Avenida Paulista protestar para mostrar que “honestidade se constrói com honestidade”. Ele afirmou ter gastado R$ 10 com material para fazer as faixas contrárias a Dilma. Um cartaz colocado no poste de um semáforo pedia que manifestantes escrevessem sua opinião sobre o que é necessário para ter um Brasil melhor.
Público
O advogado Everson Andrade disse que foi à Avenida Paulista protestar para mostrar que “honestidade se constrói com honestidade”. Ele afirmou ter gastado R$ 10 com material para fazer as faixas contrárias a Dilma. Um cartaz colocado no poste de um semáforo pedia que manifestantes escrevessem sua opinião sobre o que é necessário para ter um Brasil melhor.
Bonecos infláveis de Lula, vestido de preso, e de Dilma, mascarada, foram usados pelos manifestantes ligados aos grupos que foram a Paulista. O Movimento Revoltados Online informou que contratou seguranças para impedir que alguém tentasse furar os bonecos infláveis levados pelo grupo, como ocorreu num protesto anterior na região central.
No vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), um dos cartões postais da Paulista, pessoas faziam um ‘panelaço’, batendo talheres em panelas.
No vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), um dos cartões postais da Paulista, pessoas faziam um ‘panelaço’, batendo talheres em panelas.
O músico Paulo Ricardo, famoso por cantar na banda RPM, discursou em cima do carro de som do Movimento Vem Pra Rua. “Agora é a hora da revolução”, falou o artista.
O administrador Valdir Borges foi de bicicleta para a Avenida Paulista com uma camiseta em alusão ao “fora Dilma” e comprou um boneco inflável do ex-presidente Lula. Segundo ele, o objetivo é protestar contra a corrupção. “O governo é inapto. Não é de agora que os problemas de corrupção existem”, disse.
Próximo a Borges, um caminhão tentava passar em meio aos manifestantes no início desta tarde para retirar cones das ciclofaixas, que geralmente ficam montadas até o fim da tarde.
Durante a manifestação, era possível ver que grupos contrários ao governo se misturavam com pessoas que estavam Paulista apenas para passear. A via está fechada desde 10h deste domingo para veículos e aberta a ciclistas e pedestres, como ocorre desde outubro.
Protestos anteriores na Paulista
Neste ano, os três últimos protestos contra o governo federal que ocorreram na região da Avenida Paulista foram em 12 de abril, 15 de março e 16 de agosto. Em abril, a PM havia calculado em 275 mil o número de manifestantes. O Datafolha informou que foram 100 mil. Já os organizadores falaram em 800 mil pessoas.
Em março, tanto a PM como os organizadores informaram que havia 1 milhão de pessoas. O Datafolha apontava 210 mil. Em agosto, o grupos organizadores estimaram o público entre 900 mil e 1,5 milhão de pessoas. Segundo a Polícia Militar, foram 350 mil, no pico. O Datafolha contou 135 mil manifestantes naquela ocasião.
Neste ano, os três últimos protestos contra o governo federal que ocorreram na região da Avenida Paulista foram em 12 de abril, 15 de março e 16 de agosto. Em abril, a PM havia calculado em 275 mil o número de manifestantes. O Datafolha informou que foram 100 mil. Já os organizadores falaram em 800 mil pessoas.
Em março, tanto a PM como os organizadores informaram que havia 1 milhão de pessoas. O Datafolha apontava 210 mil. Em agosto, o grupos organizadores estimaram o público entre 900 mil e 1,5 milhão de pessoas. Segundo a Polícia Militar, foram 350 mil, no pico. O Datafolha contou 135 mil manifestantes naquela ocasião.
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Isabela Leite e Karina GodoyDo G1 São Paulo