Ilha de Sarney na mira de manifestantes

Inspirado nas manifestações realizadas no Triplex da família Marinho em Paraty na semana passada, um grupo de ativistas maranhenses está organizando um “piquenique” na famosa Ilha de Curupu, grilo chique da família Sarney no município de Raposa.
Em troca de mensagens por redes sociais alguns ativistas já iniciaram uma convocação, mas ainda sem dizer que dia e hora a atividade será realizada. A família Sarney já teria sido avisada da ação.
Nas mensagens os ativistas lembram que a ex-governadora Roseana Sarney é uma das denunciadas no escândalo da Lava Jato e que está sendo protegida pelo esquema de poder do pai dela em Brasília.

Se for confirmada, a ação dos ativistas rapidamente ganhará repercussão nacional e internacional. A família Sarney a essa hora certamente está aflita com os desdobramentos.

Em 2013, sobrinho de Sarney reivindicou sua parte na Ilha de Curupu
Gustavo da Rocha Macieira, filho de Cláudio Macieira – já falecido -, irmão de dona Marly Macieira Sarney, esposa do senador, decidiu há mais de quatro anos oferecer, por cerca de R$ 20 milhões, os 12,5% que possui da ilha. Em dezembro de 2011 ele chegou a publicar anúncios em jornais, contratou uma imobiliária para cuidar da venda e iniciou uma negociação com um grupo português. Segundo Gustavo, este e outros compradores desistiram da compra ao saber que se tratava de um imóvel da família Sarney.
A imobiliária Alzira, que ele contratou em São Luís, não conseguiu publicar o anúncio da venda no jornal O Estado do Maranhão – de propriedade da família Sarney – e, com medo de “retaliação”, preferiu desfazer o contrato com o sobrinho do senador.
A sua parcela na ilha é de aproximadamente 2 milhões de metros quadrados. 
Outros moradores da Ilha
No lado sul da ilha, duas mansões servem de abrigo para o clã maranhense e seus convidados vips. Na face norte, um povoado conhecido como Canto, formado por 30 famílias de remanescentes do local, ainda vive como seus antepassados. Com a permissão do ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), a comunidade simples reside ali em casebres de madeira, cobertas de palha ou de telhas de amianto. Os moradores alegam que não têm permissão para construir casas de alvenaria.  

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