Empresário que pode entregar Lula na Lava Jato é fraco e não vai aguentar a prisão. Vai delatar
Empresário que pode entregar Lula na Lava Jato é um homem vaidoso, dissimulado e fraco. Ronan não será capaz de suportar uma condenação longa e vai acabar delatando Lula.
Preso na manhã desta sexta-feira na 27ª fase da Operação Lava-Jato, o empresário Ronan Maria Pinto é um dos alvos do juiz Sérgio Moto que mais preocupam o PT. São vários dedos influentes apontados para Ronan na Lava Jato. Dedos e documentos. Ronan já havia sido condenado por participação no esquema de corrupção na gestão do prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002.
Santo André foi o berço da trama que levou Lula à presidência. O PT montou um esquema de propina na prefeitura do então prefeito Celso Daniel para levantar recursos para a campanha de 2002. Ronan, que tinha uma empresa de coleta de lixo, participou ativamente de um esquema de extorsão de empresas de ônibus em nome da prefeitura. O esquema que acabou gerando desentendimento sobre a divisão do dinheiro. Celso Daniel não concordava com a divisão da propina arrecadada em sua prefeitura, enquanto Dirceu e Gilberto Carvalho teriam alegado que o cargo era do PT e que o dinheiro desviado se destinava à um propósito maior. Celso Daniel teria ameaçado denunciar o esquema e foi assassinado logo em seguida.
Ronan é o famosos chantagista que ameaçou denunciar o envolvimento do Ex-presidente Lula, e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho no assassinato. Os dedos que apontam direta ou indiretamente para Ronan são os de Marcos Valério, Luis Carlos Bumlai, Alberto Yousseff e outros ouvidos nas diversas fases da Operação Lava Jato.
O então secretário-geral do PT, Silvinho Pereira, teria procurado Marcos Valério para pedir o dinheiro para Ronan, mas quem conseguiu foi Bumlai, através de um empréstimo no Banco Chain. O dinheiro foi repassado à Ronan através do doleiro Alberto Youssef. Existem ainda documentos que comprovam o repasse de R$ 6 milhões, dinheiro que seria para comprar o silêncio do empresário.
O Ministério Público já concluiu que “Para fazer os recursos chegarem ao destinatário final, foi arquitetado um esquema de lavagem de capitais, envolvendo Ronan, pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores e terceiros envolvidos na operacionalização da lavagem do dinheiro proveniente do crime contra o sistema financeiro nacional”.
Perto dos tubarões do Petrolão, Ronan é peixe pequeno e ele sabe disso. O empresário sabe também que, caso sua prisão temporária seja prorrogada ou convertida para prisão preventiva significa que não irá sair da prisão tão cedo, já que respondia em liberdade à outra condenação por corrupção. Em breve, Ronan se dará conta de que lhe resta apenas uma saída: dizer finalmente tudo aquilo que ameaçou falar 12 anos atrás sobre o envolvimento de Lula, Dirceu e Gilberto Carvalho no assassinato de Celso Daniel.
EMPRESSA VIVA