Submarino: som de implosão antes do início das buscas foi detectado por navio
A Guarda Costeira destacou que a implosão do submersível deve ter gerado um som forte, mas que não foi detectado pelos equipamentos usados pela equipe
Segundo a Guarda Costeira dos Estados Unidos, uma “implosão catastrófica” matou os cinco tripulantes do submersível Titan. A tragédia foi confirmada nesta quinta-feira (22/6). Entretanto, um navio da Marinha norte-americana teria detectado o som da implosão dias antes, pouco tempo depois do submarino mergulhar no oceano Atlântico, no domingo (18/6). As informações são do jornal Wall Street Journal.
“A Marinha dos EUA conduziu uma análise de dados acústicos e detectou uma anomalia consistente com uma implosão ou explosão nas proximidades de onde o submersível Titan estava operando quando as comunicações foram perdidas. Embora não sejam definitivas, essas informações foram imediatamente compartilhadas com o Comandante do Incidente para auxiliar na missão de busca e resgate em andamento”, disse um oficial ao jornal.
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Na quarta-feira (21/6), a Guarda Costeira informou que um som de batidas tinha sido detectado em intervalos de 30 minutos por aeronave canadense que usou sonar. Esses ruídos, no entanto, não tinham relação aparente com o submarino. O órgão também destacou que a implosão do submersível deve ter gerado um som forte, mas que não foi detectado pelos equipamentos usados pela equipe especializada, como navios e sonares, o que sugere que esse processo catastrófico pode ter ocorrido antes da operação.
O Submarino, construído pela empresa OceanGate, tinha os destroços do Titanic como destino. Essas ruínas estão a uma profundidade de cerca de 3.800 metros. Em uma implosão causada por um defeito no casco ou por qualquer outro motivo, o submersível colapsaria sobre si mesmo em milissegundos, esmagado pela imensa pressão da água. Os destroços do submarino foram achados a 500 metros do Titanic.
O Titan foi projetado para suportar a extrema pressão da água na profundidade do Titanic e já havia realizado mergulhos anteriores ao naufrágio. No entanto, surgiram algumas dúvidas sobre a segurança, principalmente em uma ação judicial envolvendo o ex-diretor de operações marítimas da OceanGate David Lochridge, que foi demitido em 2018 após alertar sobre o casco “experimental” de fibra de carbono do Titan. Operações remotas vão prosseguir para investigar mais sobre a implosão.
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