Após prisão de Mazinho Leite, Ministério Público encontra contratos da prefeitura em casa alugada em São Luís
Ministério Público investiga supostas fraudes em licitações com empresas em Cândido Mendes. Na casa de Mazinho Leite foram encontrados mais de R$ 400 mil em espécie.
Após realizar a prisão do prefeito de Cândido Mendes, Mazinho Leite (PP), o Ministério Público encontrou diversos contratos da prefeitura em uma casa alugada no bairro do Turu, em São Luís
Os contratos eram com empresas para execução de serviços, convênios, processos, e tinham carimbos da Prefeitura e de um advogado. A suspeita é que o local seria utilizado para praticar as irregularidades envolvendo empresas contratadas pelo município.
Mazinho Leite foi preso na manhã desta quarta-feira (19), por posse ilegal de armas. Na casa do gestor também foram encontrados mais de R$ 400 mil em espécie durante a ‘Operação Cabanos’ realizada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil.
A operação cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Cândido Mendes, na residência de Mazinho Leite e em endereços de outros investigados em São Luís, Cândido Mendes e Bom Jardim. Os mandados foram solicitados pelo Ministério Público do Maranhão e expedidos pela Justiça de Cândido Mendes.
O objetivo era apreender documentos de processos licitatórios envolvendo a prefeitura e diversas empresas em que há suspeitas de fraude na aquisição de materiais de limpeza. Segundo o MP, os materiais eram fornecidos por uma empresa de fachada, localizada em Turiaçu. No suposto endereço, funcionava uma lotérica.
As investigações também apontaram irregularidades em outros contratos envolvendo a compra de materiais médico-laboratoriais, manutenção de iluminação pública, reforma de hospitais e escolas, além da coleta de lixo.
O Gaeco estima que os contratos irregulares geraram um prejuízo de R$ 3,35 milhões, desde 2013, aos cofres de Cândido Mendes.
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Cândido Mendes pelos contatos disponíveis nos canais oficiais do órgão solicitando um posicionamento, mas até a última atualização dessa reportagem não obteve retorno.
Por G1 MA