EUA mandam a China fechar consulado em Houston

Carro de bombeiros é visto do lado de fora do consulado chinês em Houston, nos EUA, na terça-feira (21) — Foto: KTRK via AP

Pequim considerou a ação ‘uma escalada sem precedentes’ da tensão entre os dois países e prometeu retaliação. Governo americano diz que busca proteger ‘propriedade intelectual’ e privacidade de seus cidadãos

Os Estados Unidos determinaram nesta quarta-feira (22) o fechamento do consulado da China em Houston, no Texas. O Departamento de Estado americano informou que a medida tem o objetivo de proteger a “propriedade intelectual e as informações privadas dos americanos”.

A Convenção de Viena declara que os diplomatas devem “respeitar as leis e os regulamentos do Estado receptor” e “têm o dever de não interferir nos assuntos internos desse Estado”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Morgan Ortagus.

“Os Estados Unidos não tolerarão as violações da República Popular da China da nossa soberania e intimidação do nosso povo, assim como não toleramos as práticas comerciais desleais, o roubo de empregos americanos e outros comportamentos”, afirmou Ortagus.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, condenou a ação, que ocorre no momento em que as tensões aumentam entre as duas maiores economias do mundo. Ele alertou que seu país pode tomar medidas firmes de retaliação se os EUA não reverterem sua decisão.

“O fechamento unilateral do consulado geral da China em Houston dentro de um curto período de tempo é uma escalada sem precedentes de suas ações recentes contra a China”, disse Wang em uma entrevista coletiva diária.

A imprensa de Houston relatou que os bombeiros foram ao consulado chinês após receberem uma denúncia de incêndio.

De acordo com o jornal “Houston Chronicle”, testemunhas disseram que as pessoas estavam queimando papel no que parecia ser latas de lixo.

Os Estados Unidos mantêm, além da embaixada em Pequim, cinco consulados na China continental nas cidades de: Xangai, Guangzhou, Chengdu, Wuhan e Shenyang.

Por G1

Deixe um comentário