194 anos Termo de adesão do Maranhão à independência do país foi assinado em Caxias
O Maranhão era rico e tinha forte ligação com Portugal, por isso, resistiu até o último momento quanto a aderir à independência do Brasil em relação à Portugal. Foi preciso cercar São Luís por mar e ameaçar destruir a cidade para que o província se rendesse por completo. Isto foi no dia 28 de julho de 1823, há exatos 194 anos.
O motivo da resistência maranhense à época era por conta da elite que dominava o Maranhão. O grupo não aceitava as ordens vindas do Rio de Janeiro, capital do Brasil Imperial, por ter interesse em continuar com as relações com Portugal por conta das situações política e econômica.
O termo oficial de adesão do Maranhão à independência do país foi assinado no dia 7 de agosto de 1823, na cidade de Caxias, distante 368 km de São Luís. A solenidade foi na Igreja da Matriz.
Thomas Cochrane teve papel fundamental na história do Maranhão (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Thomas Cochrane, escocês, foi quem chefiou a esquadra de guerra da Marinha Brasileira. Como ele venceu a batalha, entrou para a história também como o primeiro marquês do Maranhão.
“No Maranhão, a adesão só acontece no dia 28 de julho, na Bahia foi 2 de julho e no Pará, 15 de agosto. Isso mostra como tínhamos projetos diferentes no país naquele momento. No caso do Maranhão, os interesses quanto a exportação, a manutenção da escravidão e as relações políticas eram muito mais vinculados a Portugal do que aquela ideia nova de união com o Rio de Janeiro”, disse o historiador Marcelo Cheche Galves.
Segundo o historiador, as tropas militares do Império chegaram ao Maranhão após desembarcarem por Piauí e Ceará. Eles entram no Maranhão na região onde hoje é o município de São Bernardo. De lá foram até as lavouras de algodão, às margens do Rio Itapecuru. Esta incursão foi por volta do início de junho. A região do Itapecuru aderiu imediatamente à ideia defendida pelas tropas do Império. São José de Matões, em Caxias, foi o primeiro vilarejo a aceitar a imposição.
Em São Luís, depois da batalha que resultou na adesão de todo a província à ideia vinda do Rio de Janeiro, os movimentos de resistência não pararam e vários eventos como conflitos em via pública e arrombamentos de lojas, por exemplo, foram registrados até o fim do ano seguinte: 1824.
Fonte: Por João Ricardo, G1 Maranhão, São Luís, MA